terça-feira, 25 de junho de 2013

Um misto

Pela janela vejo a chuva cair; fico em silêncio com o pensamento longe. Lembro de risadas, choros, abraços, momentos...
Monto histórias na minha cabeça; histórias essas que eu não sei se podem ser reais um dia, mas que com certeza dariam um belo livro.
Pego papel e caneta e começo a escrever; são palavras soltas, pensamentos perdidos.
Normalmente eu paro e penso bem no que escrever e como fazê-lo, mas as vezes, é bom escrever aleatoriamente e simplesmente deixar que os pensamentos virem palavras. Isso liberta, renova.
Pela mesma janela que eu vejo a chuva, entram os sons da rua que misturam-se com a música que estou a ouvir. Fica uma leve confusão na sala (essa confusão se parece muito com com minha mente inquieta). Mas é no meio desses sons misturados que eu escrevo; não sei exatamente o que, mas escrevo.
Mas se não sabe, por que escreve?
Para não me sufocar com as palavras.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Tornar-se real

Então tudo que vivera até ali não passava de uma ilusão. Tudo havia passado tão rápido, intenso e colorido, que ela se recusava a acreditar que não existia mais.
Por que quando tudo estava bom, tinha que acabar?
Acabou-se o sonho, o arco-íris foi encoberto e a rotina iria mudar a partir de então. Outros rostos, outras vozes, outras expectativas, outras cores, outros amores, outros tudo.
Sem fantasiar muito e despindo-se (um pouco) dos sonhos, ela iria seguir. Ela ainda é uma defensora dos sonhos, mas agora ela diminuiu a proporção para sair da ilusão e de fato viver.
Ela foi ali ser feliz e a protagonista da história dela e não deu hora pra voltar.