O tempo e nós

Eu estava perdida, sem saber o que fazer ou pra onde ir.
Pensei em te procurar, mas não o fiz. Porque te vi também em meio a uma tempestade; tão perdido quanto eu.
Tanta coisa me aconteceu, que eu nem sei ao certo o que sou agora; acho que ainda estou metamorfoseando diante dos recentes acontecimentos.
De repente eu me vi tão sozinha, que eu queria muito ter você para me consolar, mas também queria estar ao seu lado para te amparar. Mas eu não te procurei. O nosso tempo já foi, não pode ser mais.
Você acha que eu te falo de nós no passado, porque outra vez não quero me entregar; mas não é isso. Simplesmente não dá mais para mim, para nós.
Não estou te virando as costas, sempre que precisar de alguém para te ajudar a sorrir, estarei aqui; porque eu sempre gostei muito do seu sorriso e acho que ele deve ser permanente (e você sabe disso). Sei também que isso é recíproco.
Não quero que me entenda mal, só espero que não me queira mais, não como antes.
A história já foi escrita e agora estamos no ponto final.

Eu assim

Hoje estou embebida de saudades. Saudades daquela vida que outrora foi minha.
Das risadas, abraços, músicas e tudo mais que compunha a melodia daqueles momentos; embriaguei-me da nostalgia e agora estou sendo consumida.
Estou naquela “e se eu tivesse feito diferente?”, e sinceramente, eu odeio ficar com essa dúvida martelando. Gosto do certo, do que é ou não.
Hoje estou um tanto quanto triste, não sei ao certo com o que ou o porquê, só sei que assim estou.
Hoje eu queria um abraço daqueles bem apertados que te protegem do mundo, das faltas de afeto que nos rodeia e nos acompanha todo dia, todo instante.
De repente me coloquei a minha frente e me vi tão diferente, tão distante do que eu fui e tão perto do que eu quero ser; me vi como uma incógnita, me vi assim, uma contradição de mim.